Sempre que este tema chega a uma reunião com clientes, enquanto eu discurso sobre as diversas redes sociais e como podemos usá-las em nosso favor, além da necessidade de atualizar o conteúdo do website com frequência, eles me olham com espanto e incredulidade. A dúvida estampada é “mas ter um site não é suficiente? esse negócio de twitter é para garotos! essa coisa de redes sociais é mesmo necessária?? Quem foi que falou em atualizar conteúdo, eu só queria colocar o meu logotipo e o meu telefone, não precisa atualizar nada… “
A maioria das empresas de comunicação e criação digital e as grandes cabeças da internet que montam projetos para clientes abastados estão tão envolvidos com redes sociais que estão se distanciando daquela população que mal sabe ler um e-mail. Artigos como  “O que o Cliente quer?” partem do pressuposto que o cliente entende que precisa investir em redes sociais.  É como se os conhecimentos do fascinante livro “Internet Case Book – How to make your business work online” fizessem parte de nossa educação primária.
Apenas ter um website já foi suficiente. No tempo em que www era criança, as pessoas “navegavam” nos sites, e a rede ainda estava em sua versão 1.0. Fora do uso acadêmico, a internet era apenas um serviço de consulta, sem direito a interatividade, comentários, conteúdo colaborativo etc. O website era um cartão comercial melhorado e os mais arrojados tinham um formulário de “entre em contato” no final do menu.
De repente as pessoas começaram a se agrupar e participar de inúmeras atividades. Nerds trocam idéias nos fóruns técnicos, galeras a fim de conversar frequentam as salas de chat, temos comunidades no orkut e facebook, seguidores do twitter, avatares no second life, seres galáticos no Spore, especialistas na Wikipedia…  a lista não acaba. A diversão é tanta que, hoje em dia, um site isolado e sem integração com o seu público tende ao esquecimento.
Sites isolados crescem em visitação na medida em que cresce o cyberespaço, numa permanente expansão que pode dar a falsa impressão de que o investimento na sua produção foi bem aplicado. Não foi. Sites que integram atualização constante de conteúdo com ações de SEO e atividade em redes sociais crescem muito mais rápido. Se um site isolado é uma agulha num palheiro, um site com ramificações em redes sociais é um ancinho.
O website pensado desta maneira, do ponto de vista contábil deixa de ser uma despesa e passa a ser encarado como investimento, cujo retorno será facilmente mensurável nos relatórios de métricas e nos resultados das redes sociais. O website também deixa se ser um projeto finito – fez, publicou e acabou. – O público solicita e o google e o yahoo procuram sempre por conteúdo novo, atual, relevante, sucinto e objetivo. Isso significa montar uma equipe para pesquisar e atuar na criação de novas páginas, fotos, vÃdeos, podcasts, moderar e responder comentários e e-mails, enquetes, e participação ativa no twitter e/ou outras redes sociais que estiverem na moda.
Aliás, falando em twitter, uma reportagem recente de um jornal londrino mostra um garoto de 14 anos dizendo que “não cogita usar o twitter, existem coisas muito mais legais, twitter é para velhos.”
Nada melhor que alguns números para mostrar a importância das redes sociais. O contador online abaixo é bem curioso.
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