Webdesigner, este ser misterioso

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Quando me perguntam, na rua, qual é a minha profissão, eu tenho diversas respostas. Escolho de acordo com a cara do interlocutor, da situação e principalmente de acordo com o meu estado de humor.

Alguns casos são típicos: para policiais em blitzes e políticos em campanha, eu sou “pequeno empresário”. É simples, verdadeiro e sempre satisfatório para quem pergunta. Ao brotar uma simpatia eu explico qual é o meu ramo de negócio.

Para encontros profissionais com gente que precisa fazer um site mas não tem afinidade com o computador, eu sou o famoso “Webdesigner, aquele que manja pacas de internet e em quem eu vou confiar para divulgar meu negócio nesse tal de ciberespaço”. Nesses casos eu preciso reservar um tempo para a elucidação de diversas questões.

Esse termo webdesigner é bem limitado. A descrição da wikipédia não passa de meia dúzia de linhas. Com razão.  Esse termo foi criado quando ainda se considerava factível a produção de um website pelo trabalho de um único profissional multi-facetado, capaz de fazer simultâneamente o projeto gráfico e a arquitetura da informação; a preparação do material; o design de interfaces; a estruturação dos bancos de dados; a edição, diagramação e publicação do conteúdo e mais dezenas de outras tarefas que fazem parte do processo de criação de um website.

Para encontros profissionais com gente do ramo, gente fera que a gente conhece nos congressos e campus parties da vida, de quem eu tenho muito o que aprender, colaboradores ou “concorrentes” (o fio é tênue), e profissionais de áreas coligadas, tipo produtores de vídeo, revisores e tradutores, desenvolvedores de software etc, eu sou Webmaster e designer de interfaces, aquele que detêm todas as senhas, registros e botões vermelhos. Eu crio o layout e as funcionalidades do site focando a boa interação do conteúdo com o usuário. Eu sou o homem de confiança do presidente e gerencio a equipe de usuários e colaboradores que  produzem e atualizam os sites e seus bancos de dados relacionados. Responsabilidade é o meu nome.

Hoje em dia já estamos mais esclarecidos e não é difícil explicar a uma pessoa leiga que um trabalho do porte de um website, para sair bem feito, não pode ser fruto de um “one-man-band” e que o web designer, hoje melhor nomeado de “designer de interface” é um dos participantes de uma equipe. Existem galhos bem específicos para cada macaco, e geralmente, quando um resolve fazer o trabalho dos outros, o produto final terá deficiências graves.  Cabe ao Webmaster saber escolher os profissionais e especialistas de cada área e montar uma equipe coesa e pró-ativa.


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