Trecho do artigo do blog “revolução etc.” – (ignorando sumariamente o que ele escreve sobre autorização do autor para copiar trechos dele)
Só hoje eu li este texto do TechCrunch chamado “The death of ‘Web 2.0′â€, publicado no dia 14 de fevereiro, quase duas semanas antes deste post. Apesar de seu foco ser sobre a queda do termo web 2.0, eu vou mais longe e o levo para o lado de “nunca significou nadaâ€.
Nós profissionais de web sabemos que esse negócio de web 2.0 é lorota. O público gosta de lorota, senão não assistiriam comerciais de TV com atrizes vendendo remédios para gripe. É inerente à raça humana querer rotular, classificar, taxar, nomear. E nomearam essa fase atual da Internet de Web2.0. Vamos ficar aqui queimando neurônios nessa retórica existencialista? Eu sugiro que não. Mais fácil adotar a seguinte tática:
Você olha para o seu futuro cliente e percebe, através de uma técnica de observação corporal, se ele é bobo ou não. Se ele for bobo e acreditar no conceito mais quixotesco da Web20, você usará esse termo em todos os parágrafos do seu discurso. Se ele não acreditar, você pode terminar a sua proposta dizendo que o site conterá todas as soluções contemporâneas que o vulgo costuma chamar de “web2.0″. Pronto. Aplausos.
Web 2.0, basta uma rápida pesquisa na Wikipedia, foi um termo cunhado por uma empresa. Um slogan, mais do que isso, um “vÃrus léxico” um “buzzword” que pegou nas bocas dos “entendidos” e foi repassada para uma infinidade de papagaios de olhos esbugalhados. Não é um termo técnico, e sim uma muito bem sucedida jogada de marketing. Teóricos da Internet como Tim Berners-Lee costumam desconversar quando perguntados a respeito do tema. Deve causar-lhes um enfado mortal repetir que o termo é artificial e o que hoje em dia se consideram técnicas de web2.0 são simples reaplicações de soluções há muito utilizadas, antes mesmo da internet existir.
“Conteúdo colaborativo” por exemplo, nome lindo para o conceito que faz crescer as “redes sociais” (outro nome novo); já existia desde o tempo que o locutor de rádio pedia que as donas de casa ligassem pra lá para pedir a música preferida. As BBS – boulettin board system, apesar do nome impessoal, era o nome genérico para um monte de gente que se reunia para trocar informações (na imensa maioria, fotos de mulheres peladas) e emails, isso no tempo que a internet ainda não tinha recebido a sua interface gráfica e o www ainda era vvv.
Então, claros clientes, vamos simplificar: Web2.o é que nem bruxa: Não existe na teoria, mas existe na prática. Tudo depende do enfoque. usar o termo como exemplo para práticas colaborativas, multimÃdia, de boa Ãndole, em prol da construção de uma internet plena, tudo bem.  Usar o termo para vender um site cheio de tecnologia ponta, soa ridÃculo.
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