Meu lema é: sempre tentar unir o útil ao agradável. Especialmente na vida profissional, procuro atividades que sejam ao mesmo tempo prazeirosas e rentáveis.
Minha paixão por hobbies facilitou bastante. Desde moleque eu me habituei a pesquisar e estudar por conta própria e tinha (tenho) sempre 2 ou 3 projetos na cabeça – uma bateria feita de panelas e caixas de sapato, um sistema de para-quedas para pulos do balanço em movimento (que funcionou, tanto que sobrevivi), etc . Continuo atrás de algo novo e interessante para aprender e fazer, e quanto mais complicado, melhor. Websites, Música eletrônica, Fractais e modelagem em 3D, Edição de VÃdeo… aprender novas tecnologias, inventar novas técnicas e quebrar a cabeça para superar limites – e isso geralmente significa ter que processar arquivos muito maiores que o meu computador consegue. Aliás, esta é outra caracterÃstica que tenho desde a infância: meus computadores estão sempre aquém das minhas necessidades 🙂 .
A fotografia de panorâmicas começou em 1990, como um hobbie paralelo ao meu trabalho rotineiro de edição de imagens no Photoshop e a minha constante vontade de conhecer lugares novos, de preferência com uma câmera na mão. Os anos foram se passando, meu equipamento sendo aprimorado aos poucos até que, recentemente, investi em uma engenhoca robótica “Epic Pro” para criar panorâmicas gigantes, ou Gigapans.
Como já citei em artigos anteriores, o potencial dos gigapans para a comunicação online é enorme. A Microsoft, de olho nesse mercado, lançou neste ano a sua própria solução integrada à sua tecnologia ‘Silverlight’ – o Microsoft Image Compositing Editor, ou ICE. Feito a princÃpio para criar “photosynths” , o software agora possibilita também a composição de panorâmicas adquiridas com os equipamentos robóticos como o Epic Pro e Similares.
Depois de criar mais de 200 gigapans testando as mais variadas formas de captura, composição e renderização, chegou a oportunidade de aplicar todo esse aprendizado na produção de gigapans para os jogos durante um fim de semana no Engenhão, no Rio de Janeiro, acompanhando a Cris @fimdejogo Dissat na cobertura de Botafogo x Vitória (BA) e Vasco da Gama x Flamengo.
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No dia seguinte tivemos autorização da Suderj para registrar as obras do Maracanã. Do centro do gramado, fiz primeiro uma panorâmica de 360 graus usando uma matriz de 6 por 44 fotografias, e depois fiz outra com a objetiva em 300mm, com 407 fotos, abordando o trecho onde as escavadeiras estão trabalhando.
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Meus micros demoraram 6 dias renderizando as panorâmicas. Uma delas, de 360° feita no segundo tempo de Vasco x Flamengo, sozinha, iria consumir 100 GB do meu disco rÃgido e uns 5 dias para renderizar. No segundo dia o micro congelou, ou ferveu, sei lá, e fui obrigado a interromper. Esta panorâmica eu optei por fazer no ICE e publicar como um Photosynth que, apesar dos erros grosseiros na composição (apesar da Microsoft dizer no site dela que usa um “State-of-the-art stitching engine”) gera uma panorâmica com uma navegabilidade muito interessante.
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O resultado foi bastante compensador. As panorâmicas foram todas publicadas no site Fim de Jogo e divulgados no twitter. Os gigapans de Botafogo x Vitória, hoje, alcançam mais de 6300 visitas. Vasco x Flamengo, 2400 visitas e as obras do Maracanã, 1300 visitas.
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